Privacidade: 77% dos brasileiros já desinstalaram apps por preocupação com dados pessoais

  Por preocupação com o uso de seus dados pessoais, 77% dos usuários de internet no Brasil já desinstalaram aplicativos, segundo apontou um levantamento do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic).



A pesquisa, realizada através da entrevista com 2.556 pessoas acesso à internet de diferentes etnias e regiões do país com, ainda revelou que a questão preocupa brasileiros em outras diversas tarefas:

  • 69% dos entrevistados já deixou de visitar uma página na internet pelo mesmo motivo;
  • 56% deixou de utilizar algum serviço ou plataforma na web;
  • 45% deixou de comprar um aparelho eletrônico.

Outras ações de prevenção também são relatadas pela maior parte dos entrevistados para gerenciar o acesso que plataformas, sites e apps têm de seus dados:

  • 70% diz já ter verificado a segurança de uma página ou aplicativo;
  • 69% recusou permissão de uso de seus dados pessoais para publicade;
  • 68% leu políticas de privacidade de uma página ou aplicativo;
  • 64% limitou acesso a perfil de redes sociais;
  • 62% restringiu acesso à localização geográfica;

COMO ACONTECE UM VAZAMENTO DE DADOS:

 

Problemas com vazamentos têm atingidos órgãos federais, como Ministério da Saúde e Banco Central

No geral, entre os entrevistados, 40% se dizem "muito preocupados" com o uso de que órgãos públicos fazem de seus dados pessoais. A taxa de resposta em relação às empresas é de 47%.

Nos últimos anos, o vazamento de dados da população tem atingido órgãos públicos importantes, como o Ministério da Saúde e Banco Central.

Um ano depois, o Banco Central registrou o terceiro vazamento de informações relacionadas ao Pix.

Como usam esses dados vazados?

Munidos de uma série de dados pessoais, criminosos podem tentar se passar por alguém em interações com empresas ou praticar golpes como o saque indevido do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Uma tática comum é enviar e-mails ou mensagens falsas para vítimas, em nome de empresas como bancos e tentar obter vantagens financeiras.

É possível, por exemplo, que criminosos enviem faturas falsificadas (como telefone, internet, IPVA, IPTU, entre outras) por e-mail. A vítima, identificando uma série de dados pessoais corretos, acredita que aquele débito é real e faz o pagamento.

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