DisplayPort ou HDMI? Saiba qual é a melhor para cada situação

  

DisplayPort e HDMI são tipos de conexões relacionadas a vídeo e servem para ligar dispositivos, como computadores e videogames, a telas, como monitores e televisões. Apesar de o HDMI ser mais comum, o DisplayPort também possui suas vantagens e não pode ser deixado de lado. Assim, é necessário ponderar as qualidades de cada uma das duas conexões antes de tomar qualquer decisão na hora de comprar um novo monitor, por exemplo.

 

 

Conectores físicos e cabos

Sobre o conector padrão do DisplayPort e do HDMI, ambos possuem um formato semelhante, porém com pequenas diferenças entre eles. Enquanto o HDMI possui 19 pinos e um formato simétrico, o DisplayPort tem 20 pinos e formato assimétrico. Uma vantagem dos conectores DisplayPort é que eles possuem, geralmente, uma trava mecânica que impede a desconexão acidental do cabo. Esse tipo de trava é encontrada em alguns cabos HDMI, porém é mais raro.

Além do conector padrão, também são encontrados dispositivos e cabos que utilizam mini HDMI ou Mini DisplayPort. Portanto, na hora da conexão, é preciso ficar atento ao tipo de conector para não ter problemas de compatibilidade. Há, também, dispositivos que enviam o sinal de vídeo via porta USB-C por meio do padrão DisplayPort.

O HDMI leva vantagem caso haja uma longa distância entre o dispositivo e a tela. Esse padrão suporta cabos com até 15 m de comprimento, enquanto os cabos DisplayPort só podem ter, oficialmente, até 3 m. Porém, independente do tipo de conexão e da distância, é importante utilizar cabos de boa qualidade para não haver problemas.

Tanto DisplayPort quanto HDMI foram atualizadas durante os anos para acompanhar a evolução da tecnologia. Assim, ao escolher uma nova tela, console, placa gráfica ou cabo, é preciso conferir suas especificações para garantir que os recursos desejados já estejam presentes na versão da conexão que é usada no dispositivo. Confira, abaixo, as versões encontradas atualmente e seus limites de resolução.

  • DisplayPort 1.2: resolução até 4K em 60 Hz;
  • DisplayPort 1.3: resolução até 4K em 120Hz ou 8K em 30 Hz;
  • DisplayPort 1.4: resolução até 8K em 60 Hz, com HDR;
  • DisplayPort 2.0: resolução até 16K em 60 Hz (com HDR) ou 10K em 80 Hz (sem HDR);
  • HDMI 1.4: resolução até 4K (4096 x 2160) em 24 Hz, 4K (3840 x 2160) em 30 Hz ou 1080p em 120 Hz;
  • HDMI 2.0: resolução até 4K em 60 Hz, com HDR na versões 2.0a e 2.0b;
  • HDMI 2.1: resolução até 10K em 120 Hz.

Na prática, isso significa que não é possível aproveitar todos os benefícios de um monitor 4K com taxa de atualização de 144 Hz se for usado o padrão HDMI 2.0 ou DisplayPort 1.2. É importante, também, ter certeza que todo o conjunto (placa gráfica, monitor e cabo) esteja na mesma versão.

Uma tecnologia procurada por gamers é a taxa de atualização variável, conhecida pela sigla em inglês VRR. Esse recurso é responsável por ajustar a taxa de atualização de acordo com a taxa de quadros do computador ou console. Com isso, ele impede que ocorra o fenômeno screen tearing, que é uma falha na imagem que está sendo exibida pela tela e assemelha-se com um "rasgo". Isso acontece quando a taxa de atualização da tela e a taxa de quadros não estão sincronizadas.

As principais fabricantes de GPU do mercado, AMD e Nvidia, possuem suas próprias tecnologias de VRR: AMD FreeSync e Nvidia G-Sync. Enquanto o padrão DisplayPort suporta as duas tecnologias, o HDMI suporta apenas o AMD FreeSync, e apenas a partir da versão 2.0b. Dessa forma, quem possui placas de vídeo da Nvidia só consegue aproveitar o VRR usando a conexão DisplayPort (em monitores compatíveis).

Outra vantagem do DisplayPort é o transporte de vários fluxos. Essa tecnologia permite que múltiplos monitores sejam conectados a uma mesma porta, seja por meio de um hub ou ao ligar um monitor ao outro, realizando uma conexão em cadeia. O recurso ajuda a diminuir o número de cabos e a necessidade de portas adicionais no computador. Porém, quanto mais telas conectadas, menor serão resolução e taxa de atualização máximas de cada um dos monitores, devido às limitações de largura de banda do DisplayPort.

Neste último quesito, o HDMI leva a melhor por ser a porta mais comum de ser encontrada — praticamente todas as televisões, monitores, computadores, notebooks e consoles atuais a utilizam. Inclusive, não são encontradas portas DisplayPort em console e raros são os modelos de televisores que usam esse padrão, sendo mais comum em computadores e monitores.

Usando HDMI ou DisplayPort, é preciso conferir tanto a versão das conexões quanto as características dos próprios dispositivos para saber se são compatíveis com a função desejada. Por exemplo, um monitor com HDMI 2.1, se conectado a uma placa gráfica com HDMI 1.4, só conseguirá alcançar as resoluções máximas desta versão, ou seja, 4K (4096 x 2160 pixels) em 24 Hz. Além disso, a versão da conexão não é a única determinante para alcançar certa resolução ou ativar certa função — o dispositivo em si precisa ser compatível.

A DisplayPort geralmente é a mais usada por quem joga no computador por suas vantagens quanto à resolução e VRR mesmo em versões mais antigas. Porém, dispositivos e cabos com essa conexão normalmente possuem um custo mais elevado.

Caso o VRR ou a taxa de atualização de quadros elevada não sejam requisitos, o HDMI atende perfeitamente. Este padrão está presente em praticamente todos os dispositivos atuais, sendo, portanto, a opção mais fácil. Há, também, uma grande diversidade de cabos à venda, com preços mais acessíveis.

Em alguns casos, não há nem escolha: para conectar qualquer dispositivo à televisão, geralmente o HDMI é o único padrão disponível. É, também, o caso dos consoles, que não possuem DisplayPort. Porém, o HDMI 2.1 consegue resoluções melhores que o DisplayPort 1.4 e também conta com VRR. Nos consoles de última geração, esse é o padrão. Ou seja, ligados a uma TV compatível, os consoles tendem a ter uma experiência bem parecida em comparação a um PC gamer conectado via DisplayPort em um monitor semelhante.

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